Esta campanha é, usando uma expressão americana, the gift that keeps on giving.
Aquecimento global? Qual aquecimento global? Isso é obviamente para meninos...
No Alabama, a corrida à nomeação Republicana para Governador conta com um candidato, Tim James, que atingiu a notoriedade com uma série de anúncios apelando aos valores mais retrógrados do eleitorado. O mais conhecido é este, onde promete acabar com o uso da lingua estrangeira (leia-se Espanhol) no exames de condução:
Ainda sobre a carta de condução - o único documento de identificação válido para a maioria dos Americanos - este apela também aos sentimentos anti-emigrante (leia-se Hispânicos) ao prometer que, se eleito, apenas aqueles com um documento válido poderão votar. A mensagem: as eleições (e os direitos) são para os genuínos americanos.
E claro, falando nos valores tradicionais, a família não podia faltar, desta vez como pretexto para falar das suas credenciais de "duro contra o crime", pegando no exemplo dos predadores sexuais para acusar os outros candidatos de "serem amigos" destes:
Na Carolina do Sul, a candidata que lidera a corrida á nomeação Republicana para Governador(a), Nikki Haley, viu-se confrontada com acusações de infidelidade, que comprometem as suas chances. É nestas ocasiões que, em vez do anúncio de ataque (até porque as acusações não partem directamente dos adversários), lança-se o anúncio de defesa, destinado a repôr o bom nome.
Acusam-me de ser infiel? Pois apresento-vos o meu marido, aqui ao meu lado. Um bom exemplo de como, nos EUA, a vida pessoal dos candidatos é importantissima para a sua relação com os eleitores.
A história de como estas alegações nascem, e o jogo sujo por trás delas, aqui.
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