Para além dos candidatos e partidos, muitas associações e grupos de interesses entram também no jogo político com anúncios, seja para defender um candidato ou, neste caso, um partido. Este anúncio é um exemplo. Da responsabilidade da American Federation of State, County and Municipal Employees (o equivalente, com as devidas ditâncias, ao Sindicato dos quadros técnicos do estado), é uma defesa do Partido Democrata e um ataque aos Republicanos, pegando na Jobs Bill aprovada em Agosto com os votos contra destes ultimos. Numa altura em que os eleitores são inundados com mensagens contra o défice e o big government, procuram passar a mensagem de que esse dinheiro serve para alguma coisa, enquadrando-se na estratégia Democrata de pintar os Republicanos como inimigos da classe média e opositores irresponsáveis vendidos aos grandes interesses.
Está a passar nos estados do Michigan, Nevada, Ohio e Pennsylvania.
Nestas eleições, não são apenas os Democratas que estão em apuros. os próprios Republicanos incumbentes têm sido muito desafiados nas primárias por candidatos do movimento Tea-Party, que conseguem resultados surpreendentes, como Sharron Angle no Nevada.
Neste caso, na corrida à nomeação Republicana para o senado pelo Delaware, o Congressista Mike Castle está a ser desafiado por Christine O'Donnell, apoiada por Sarah Palin e o Tea-party Express. O resultado tem sido dos anúncios de ataque mais violentos desta campanha, sobretudo pela parte de Castle:
Já Christine segue a linha tradicional do Tea-party de que Castle não é "suficientemente conservador", mas ataca-a porque quer "ajudar Obama":
Pondo fim a um longo silêncio, que estava já a deixar os seus apoiantes com os nervos em franja, o candidato democrata a governador da Califórnia, Jerry Brown, lançou finalmente o seu primeiro anúncio. Como quase todos os spots iniciais, este é um simpático anúncio de apresentação, baseado na anterior performance de Brown como governador nos anos 70 e inícios de 80. O único problema é que provavelmente ninguém na Califórnia quer voltar aos anos 70, e este anúncio destaca, como nenhum anúncio da sua rival Meg Whitman conseguiria, a idade do candidato e o seu desfasamento da realidade. Basta ver que a maior parte das imagens iniciais são em tom sépia ou no tom colorido peculiar dessa época. Voltar aos anos 70? A sério?
Para mim, bem intencionado, mas um claro tiro ao lado.
O candidato do Partido Republicano a governador de Nova Iorque, Rick Lazio, apoiado pelo Partido Conservador, resolveu capitalizar a polémica à volta da construção da Mesquita do Ground Zero num anúncio de ataque contra o seu rival Andrew Cuomo, o candidato Democrata bastante à frente nas sondagens. Todo construído à volta de insinuações, procura usar o medo e as teorias da conspiração para colar Cuomo a figuras "radicais" e "perigosas". O tema do terrorismo é ainda fértil para as campanhas, mas este tipo de "anúncios-choque" têm mais a intenção de causar uma polémica que chame a atenção dos media e permita que o candidato seja muito falado. Aqui, foi plenamente conseguido.
Candidato a governador do Wisconsin, o Republicano Scott Walker lançou um novo anúncio onde, para além de acusar o oponente democrata de lhe "dar socos", leva a metáfora do boxe até ao fim, aparecendo com luvas calçadas. Nada de anormal, e até bastante leve pelos padrões de alguns anúncios, excepto num detalhe: o seu oponente Tom Barrett foi severamente espancado no ano passado quando salvava uma mulher e um bébé de serem atacados por um bêbado. A campanha de Scott Walker veio já dizer que esse anúncio não se referia a nenhum incidente, mas ninguém no estado desconhece a história, e a metáfora acaba por ser um tiro no pé para o candidato.
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